Vem aí a
fiscalidade verde, coisa que vi anunciada por aquele ministro que tem cara de
Zezito, o melhor aluno da 4ª classe no ano 1960, mas que, realmente, se chama
Jorge Moreira da Silva.
Diz que é para
nos aliviar no IRS, e eu gosto de ouvir, porque acho mais graça a ministros que
mentem do que aos que pedem desculpa (deve ser uma questão de hábito.)
Embalados
pela frescura do verde, imagino que
outros ministros em breve se lembrem duma fiscalidade, por exemplo, vermelha, a recair sobre as melancias, os
tomates, os coletes dos campinos, o pai Natal, o PCP e os frutos do bosque.
Até ao fim
do ano, para alívio das nossas carteiras e compostura do défice, talvez também ainda
surja a fiscalidade preta, incidindo
esta sobre funerais, miúdos góticos, chocolate negro, noites de lua nova e
outros negrumes.
E p’ró ano
logo se vê, que a paleta de cores deles é infinita.
Que sorte a
nossa, esta de termos ministros que governam a cores.
Imagem:
pormenor de peça da exposição Turvo, de Rui Horta Pereira
Galeria 3+1,
Arte ContemporâneaRua António Maria Cardoso, 31, Lisboa
A ver. Até 9 de Novembro.
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