Alertada por
um amigo da blogosfera e da FB, fui ler isto.
Quem tiver
boa resistência ao vómito deve ler também.Os de estômago sensível ficam isentos.
Eu, que só
me queixo da bílis, li a bosta toda, e, mal acabei, desatei logo a sonhar, nem
sei porquê.
Segundo o
anormal, sonhar é coisa ilícita, mas o meu sonho foi coisa pouca.
Sonhei que
pegava na mão do Nuno Ferreira (eu depois desinfecto), e o levava numa viagem
no tempo de regresso ao Alentejo dos anos 1940, em que ele seria um menino de 6
ou 7 anos, filho de assalariado rural, atravessando transbordantes ribeiros
invernais para chegar à escola, descalço todo o ano, estômago a digerir uma
fatia de pão e umas azeitonas, guardando porcos lá no montado antes e depois
das aulas.
E, o mais
importante, impossibilitado de sonhar.
No meu sonho,
eu vinha-me embora e deixava-o lá para sempre com os porcos e sem sonhos, mas
acontece que houve homens bons, e sem excesso de bílis, que sonharam que nenhum
menino devia viver assim.
Se bem o
sonharam, melhor o fizeram, e desse belo sonho usufruíram milhões de meninos; até
mesmo os anormais, como o Nuno Ferreira.
Mas ele não
sabe disso, claro. Nem sonha.