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23 de abril de 2014

À espera



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cavaco disse em Oliveira de Azeméis que “são as empresas e não as intrigas, as agressividades, as crispações, os insultos entre agentes políticos, que promovem o crescimento económico, a criação de emprego e a conquista de novos mercados.”

Sério, Aníbal? Quem diria!

A converseta é tão básica que raia o absurdo; por isso li, reli para ver se lia bem, e de todas as vezes só me lembrava dos discursos de Américo Thomaz. Recordo:

É a primeira vez que cá estou desde a última vez que cá estive”, ou “Hoje visitei todos os pavilhões, se não contar com os que não visitei”.

Percebi, então, que também o que sentia por Américo Thomaz nos anos 1960 e 1970 era exactamente o mesmo que sinto por Cavaco Silva em 2014 – asco.

A boa “notícia” é que estou calminha e já não desespero, só espero.
Espero que parta, que se retire para a Coelha ou, preferencialmente, para o raio que o parta.

15 de março de 2014

Afinal, a vida é bela


















 
 
 
 
Durante a semana passada muito se falou no “Manifesto dos 70”, o tal que assume que a dívida portuguesa, assim, não é pagável.
Acontece que aqueles 70 portugueses querem pagar a dívida, e por isso defendem que ela tem de ser reestruturada.

Isto parece-me elementar, e tem sido prática corrente entre os homens ao longo de séculos, mas por cá gerou grande reboliço.
Não que houvesse discussão séria, isso não, que não vale a pena, mas no que toca ao insulto foi do bom e do melhor.

Partindo do princípio de que nada de novo será feito, Cavaco Silva já tinha vindo dizer que a austeridade vai manter-se até 2035, porque só então a dívida pública estará nos 60% do PIB.

Eu não me assustei nada com isso.

Hoje, o Expresso escreve que Passos faz contas diferentes e que, com números de crescimento mais modestos, conclui que a dívida é sustentável, mas que só ficará nos tais 60% do PIB em 2159, isto é, daqui a 145 anos.

Se não me tinha assustado com a conversa do Cavaco, agora então, confesso que até me apeteceu dançar.

É que, sendo assim, há esperança de que o Manoel de Oliveira ainda possa ter o subsídio por que espera para fazer o seu novo filme e eu, nessa altura, em 2159, acho que também ainda me abalanço a fazer a tal licenciatura em ciência política, mesmo que já venha a precisar de mais uns anitos para a terminar.
Afinal, a vida é bela.

3 de outubro de 2013

Ainda mexe


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já quase me tinha esquecido dele.

Ontem, porém, soube que na Suécia tomou conhecimento, por interposto sueco, da fusão da Portugal Telecom com a brasileira OI.
Não sabia, o gajo, ninguém lhe disse.

Hoje, logo de manhã, ouvi-o dizer na rádio que “se os nossos credores dizem que a nossa dívida é sustentável nós, os devedores, só diremos o contrário se formos masoquistas”.
Perceberam esta última? Eu não.

É por estas e por muitas outras que o povo o despreza, o Governo o usa, e o dinheiro o ignora.
Tem o fim que merece. Sem dignidade.

31 de julho de 2013

Se não fosse a minha mãe…



























Minha mãe tem 86 anos.

Lendo a Expresso de sábado passado, a certa altura mostra-me esta imagem e pergunta: não achas que esta fotografia é um sinal de esperança para nós?
Perante a minha estupefação, desatou a rir na minha cara.

Por mim, nem tinha percebido que era a imagem do “novo ciclo”.
Quando for grande quero ser assim viva como ela.

12 de julho de 2013

Assunção Esteves

Quando em 2011 foi eleita Presidente da AR, com apoio mais ou menos generalizado dos deputados, não me pronunciei neste blogue, o que alguns, que me sabem apoiante das causas das mulheres, estranharam.

Assunção Esteves é “afilhada” de Cavaco Silva. Foi pela mão dele que entrou no Tribunal Constitucional e a ele deve a sua carreira política.

Como credenciais, não me pareceram as melhores do mundo e achei por bem esperar para ver.
Esteves e Silva, verifica-se, são criaturas que podiam ocupar os seus lugares em tempos mornos de salamaleques, mas mostram à saciedade que não servem para os  dias de tempestade que vivemos.

Quando, há umas semanas, um grupo de reformados se manifestou na AR, em silêncio e de costas para o hemiciclo, Assunção Esteves, reformada aos 42 anos com 7000 euros de reforma, ralhou-lhes e disse-lhes que respeitassem o Parlamento.
Ou seja, por aqui não se passa nada, e aquilo, quanto a ela, foi só um grupo de velhos malcriados que resolveu chatear a senhora Presidente que estava lá no alto posta em sossego.

Ontem houve novos protestos na Assembleia e Assunção Esteves disse:

“Nós não fomos eleitos para termos medo, para ser coagidos e provavelmente também não fomos eleitos para não ser respeitados".

Pois não. Os senhores deputados foram eleitos para representar os portugueses e devem ser respeitados, mas é preciso que mereçam o nosso respeito o que, manifestamente, vai sendo cada vez mais difícil de acontecer com a classe política. Toda.

Ainda bem que não deitei foguetes antes da festa, ou seja, quando foi eleita − a protegida de Cavaco Silva parece-me pouco preparada para dirigir a casa da democracia em tempos de cólera.
Além disso, também nunca gostei de sonsas.




19 de fevereiro de 2013

Eu (sem Peixoto) na Coreia do Norte


Tive um pesadelo. Sonhei que vivia na Coreia do Norte, que o querido líder tinha morrido há mais de um mês e o povo ainda não tinha sido informado para o poder começar a chorar.

Acordei assarapantada com o raio do sonho até porque, de facto, há imenso tempo que não vejo nem oiço o nosso querido líder.

Será que morreu e a gente não sabe?
Mas, pensando bem, que diferença nos faz que esteja morto ou vivo?!
E se é para chorar, podemos sempre chorar mais tarde.


19 de novembro de 2012

Se não existisse, ninguém o devia inventar

Mas existe, e no dia da Greve Geral ouvi o nosso Presidente Cavaco Silva dizer, textualmente:

«Apesar da greve, não deixei de trabalhar»

Mal pude, fui ver se o Sindicato dos Presidentes da República existia e se tinha aderido à greve.

Pois, não sei se existe, mas pelo menos não entregou nenhum pré-aviso de greve. Se existe, deve ser uma coisa assim bem internacionalista e com centena e meia de filiados, porque os reis não contam e o José Eduardo dos Santos também não.

Porém, fiquei chateada com o Google, porque se o meu presidente admite a possibilidade de fazer greve, é porque deve haver um sindicato que “organize” os presidentes. Ou não?
Talvez, afinal, o sindicato não exista mesmo e por isso ele ande tão “desorganizado”.

Olho-o e vejo um velhinho empertigado, com mais máscara do que cara, transtornado, e muito, muito confuso.
Ora fala muito, ora se cala por um mês inteiro, diz que sim mas que também, não faz sim nem faz também, pouco sai à rua e lê uns discursos fora do contexto.

Tenho sempre muita pena dos velhinhos confusos, e ainda mais dos velhinhos confusos que nem percebem que o estão.
Neste caso, até me condoí dele.

Alguém que lhe dê umas vitaminas, um relaxante muscular, um Centrum, e, sobretudo, alguém que lhe explique que não tem sindicato, e que não é costume os Presidentes da República aderirem às greves gerais – o papel deles, ao contrário, é mais evitá-las.

1 de novembro de 2012

Se calhar, já foi

Hoje é feriado e por isso não quero incomodar ninguém. Venho aqui só mesmo para exprimir uma dúvida:

Será que ainda temos Presidente da República, ou já emigrou também?

Há pouco tempo li este título na Imprensa Falsa:
 
“Enfermeiro escreveu a Cavaco a dizer que ia partir. Cavaco respondeu a pedir para ir com ele”.
Se calhar já foi, digo eu, sei lá.


1 de outubro de 2011

Pequeno apontamento


Esta semana, Judite Sousa vestiu-se e penteou-se de freira Opus Dei e foi conversar com o seu “Papa”.

A homilia seguiu o cânone, para tranquilidade dos fiéis.

22 de setembro de 2011

Cow Parade

Descoberto o fraquinho do Presidente, proponho que se instale em Belém, e até 2015, uma Cow Parade permanente para uso exclusivo do locatário mas com abertura ao povo aos domingos.