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quinta-feira, novembro 15, 2012

Sem ofensa

“A tradição bíblica ensina-nos que a felicidade do primeiro homem antes da queda consistia na ausência de trabalho, isto é, na ociosidade. O gosto da ociosidade manteve-se no homem réprobo, mas a maldição divina continua a pesar sobre ele, não só por ser obrigado a ganhar o pão de cada dia com o suor do seu rosto, mas também porque a sua natureza moral o impede de encontrar satisfação na inactividade. Uma voz secreta diz ao homem que ele é culpado de se abandonar à preguiça.

E, no entanto, se o homem pudesse achar um estado em que se sentisse útil e em que tivesse o sentimento de que cumpria um dever, embora inactivo, nesse estado viria a encontrar uma das condições da sua felicidade primitiva. Esta condição de ociosidade imposta e não censurável é aquela em que vive toda uma classe social, a dos militares. Em tal ociosidade está e estará o principal atractivo do serviço militar.”
Leão Tolstoi, “Guerra e Paz”
Publicações Europa-América

Sem ofensa para os militares que no sábado passado saíram à rua, e sem ofensa também para os que o são por gosto, e mesmo sabendo que quando a Merkel cá vier temos sempre que a proteger por terra, mar e ar, não consigo evitar a pergunta:

Por que temos de continuar a ter, já depois de todos os cortes, umas Forças Armadas de 18.308 almas, em que se incluem 67 oficiais-generais no Exército, 20 na Marinha e 19 na Força Aérea?
Vão-me dizer que é para defender a soberania?
Ou será que vêm aí os espanhóis?

 

sexta-feira, outubro 19, 2012

Chamar nomes é feio, eu sei, mas...

Primeiro vieram as tropas dizer que, no estado em que as coisas estão, as forças armadas não estarão em condições de “defender a soberania do país”.
Independentemente das razões que possam assistir às tropas, perguntei aos meus botões – qual soberania?

Os botões responderam que podíamos tentar rapar o fundo do tacho a ver se ainda encontrávamos alguma, mas só isso.

De seguida, vem a notícia de que a Merkel reclama o direito de ingerência nos orçamentos dos outros Estados.
Aí, já nem perguntei nada aos botões; só exclamei de dentes cerrados – grande CABRA!
Acho que eles concordaram.