No ano
passado, por esta altura, tive uma gripe.
Uma noite,
já com ela quase a deixar-me, estava eu, como habitualmente, a ler antes de
adormecer, quando ouvi “um passarinho a cantar dentro do peito”, só para dizer
uma coisa assim mais para o poético.
Seguiu-se um
monólogo interior de altíssimo gabarito:
“ Não
faltará muito para teres de escolher entre respirar ou fumar.
Chatice! Mas
nessa altura vais escolher respirar, certo?E se escolhesses já, antes que te mandem? Detestas ser mandada…
Uuummmm, está decidido, amanhã já não fumas.”
E pronto,
foi assim.
Depois de
quarenta anos, já lá vai um ano.Faz amanhã.
Bom
fim-de-semana.