Ora,
acontece que não é tudo igual.
O falido
Banif e a sua gestora Conceição Leal, não fizeram nada por ninguém a não ser
por si próprios; quanto aos clubes de futebol, se é certo que pagam salários extravagantes
e que também vão recebendo apoios do Estado, não é menos certo que, melhor ou
pior, e com muito desporto gratuito para crianças e jovens, os vão retribuindo à
sociedade.
Os clubes
não são só futebol, longe disso, embora o dinheiro venha, sobretudo, do que o
futebol conseguir gerar.
Querer
comparar o retorno do trabalho de Conceição Leal, que foi um desastre, com o
retorno do trabalho de Jesus ou Pereira é mais ou menos o mesmo que querer “comparar
o cu com a feira de Borba”.
A
importância social do Banif não é comparável à do Benfica, Porto, Sporting ou
mesmo do Clube da Ervilha.
Henrique
Monteiro sabe-o melhor que eu, mas deve achar que ser populista não tem mal,
desde que o seja com os ordenados do futebol que toda a gente critica porque
são, de facto, criticáveis.E se, pelo meio, der um ar de esperteza e de homem que vê mais longe do que os outros todos, tanto melhor.
Não, futebol não é santo, como já vi por aí, e pratica salários pornográficos, mas não, também, Henrique, não é a mesma coisa.
Quem está
interessado em branquear a banca e os bancários de luxo que tanto agradam aos
banqueiros, usando candidamente os seus próprios (deles) argumentos?