Mostrar mensagens com a etiqueta Ricardo Araújo Pereira. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ricardo Araújo Pereira. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, maio 19, 2014

RAP é LIVRE






















Neste país não se pode nem falar, nem estar calado.
Se fala é porque fala, se cala é porque cala.

Ricardo Araújo Pereira decidiu apoiar publicamente o partido Livre nas eleições europeias, e pronto, grossa fatia do país de esquerda está desiludida.

E a que se deverá tal desilusão?
Talvez todos tivessem esperança que ele fosse “dos nossos” visto que, como se sabe, para a esquerda portuguesa, quem não é por nós, é contra nós. E não se deve rir com o inimigo.

Por mim, vejo “o caso” assim:
- RAP pertence a uma geração pouco engajada com a política, muito desconfiada dos políticos e que encara a abstenção como um modo válido de lhes “falar”.
Se a decisão de se assumir como apoiante de um partido ajudar a aumentar o número de votantes da sua faixa etária, tanto melhor: terá prestado um serviço à nossa comatosa democracia.

- As razões que RAP invoca para votar LIVRE são tão válidas como as que eu invoco para não votar LIVRE. É a democracia, pá!

- O facto de ser uma figura pública muito popular não lhe retira nenhum dos seus direitos cívicos constitucionalmente garantidos.

- RAP é corajoso; podia estar quieto, mas resolveu sair da “sua zona de conforto”, dar o peito às críticas, à inveja, às “desilusões”.

Qual será, então, o problema?
O problema − e como eu lamento dizer estas coisas! −  deve ter que ver com fanatismo e intolerância, doenças que atacam uma esquerda cansada, que não se move um milímetro ano após ano, que parte para cada novo acto eleitoral a ver se perde por poucos.

Ricardo Araújo Pereira, com a sua decisão, veio mostrar que, entre muitas outras qualidades, não só não foi contagiado pelas ditas doenças como até tem uma “saúde” de ferro.
Como de costume, o bem de uns é o mal de outros, e a “saúde” de RAP acaba a provocar dores em muito boa gente. No cotovelo, claro.

segunda-feira, abril 15, 2013

D. Manuela, faça um blogue


D. Manuela Ferreira Leite, faça um blogue.
A senhora precisa de o fazer rapidamente para ficar em pé de igualdade com o José Pacheco Pereira que há muito se assumiu como o verdadeiro líder da oposição através da Quadratura do Círculo e do seu blogue Abrupto.

Dispondo agora a senhora também de um espaço televisivo só seu em que, basicamente, “desfaz” o governo, os portugueses passaram a ter mais uma liderança bicéfala na oposição – já tínhamos o Bloco de Esquerda e agora temos a dupla Manuela/Pacheco.

Nos dias a seguir às vossas aparições, é ver a esquerda toda nas redes sociais a louvar-vos e a partilhar os vossos discursos metodicamente preparados para fazer golpes no tecido governamental onde, depois, vão deitando sal e vinagre semana a semana.

Não é que eu não goste de ver, porque gosto, mas não me parece que esse caminho nos sirva para alguma coisa, a nós, como colectivo.

Sempre achei que este governo haveria de cair “por dentro”, ou seja, apeado por Pachecos e Manuelas, no dia em que não suportassem mais ver desvirtuar a sacrossanta herança social-democrata de Sá Carneiro e antes que estivéssemos todos mortos, mas começo a duvidar de mim mesma.

Quando vos oiço, apesar de gostar, repito, sempre me lembro do velho sketch do Ricardo Araújo Pereira em que ele dizia com carinha de tolo:
- Eles falam, falam, falam, mas eu não os vejo a fazer nada…
Então, é isso!