O Facebook
tem a mania das “correntes”. Agora voltou a dos dez livros que mudaram a minha
vida. Uma amiga, porém, fez uma coisa bem mais interessante – A LISTA DOS 10
LIVROS QUE NÂO MUDARAM EM NADA A MINHA VIDA.
Desafiei-me.
Alguns deles
serão sempre maus, mas outros devem ser bons, já que tanta gente “encartada”
acha que o são.
Talvez os
tenha começado num momento que requeria outra coisa, talvez não tenham
conseguido agarrar-me logo de início, talvez eu já (estupidamente) tivesse
contra eles um parti-pris
desconhecido, talvez as minhas celulazinhas cinzentas não cheguem para tanto,
talvez.
As razões do
desamor, em alguns casos, continuam vagas mas, pensando melhor, se calhar, e
enquanto os lia, eles até mudaram a minha vida, sim senhor, mas para pior.
E os
nomeados são:
O Código de Da Vinci − Dan Brown (um mero policial de
segunda).
Sei Lá − Margarida Rebelo Pinto (sei lá por
que é que se lê aquilo).
As Valquírias − Paulo Coelho (oferecido num Natal,
foi o único que entrou cá em casa, e chegou).
O Segredo (não cheguei a meio, mas gostei que
a senhora tivesse enriquecido).
Viver para contá-la − Gabriel Garcia Marquez (não estava
interessada na vida dele; só pode ter sido isso).
Uma Viagem à Índia − Gonçalo M. Tavares (deu-lhe para ser
pretensioso).
Adoecer − Hélia Correia (uma doença, essa de
teimar em ler aquilo).
Os Detetives Selvagens − Roberto Bolaño (escrita ao
quilómetro; pena que não lhe tivessem tirado o livro das mãos às 250 páginas,
ou 300, vá. Agora 500…).
Austerlitz − W. G. Sebald (não faz o meu
género; gosto mais de dicionários).
Hotel − Paulo Varela Gomes (li até ao fim,
e fiquei a achar que o Paulo tem montes de amigos aqui no pedaço; ainda bem
para ele).
Como meter
uma citação no texto fica sempre bem, lá vai para terminar:
"Não sabemos se a
literatura está em crise, mas a crise do juízo literário salta à vista."
Disse-o o
escritor Enrique Vila-Matas e, se calhar, é carapuça para eu enfiar, até porque
deixei de fora, por falta de espaço, quase todo o Lobo Antunes e também … Enrique
Vila-Matas!!!
Que
atrevimento!
Destes, só li Viver para Contá-la. E gostei muito; considero até que é um dos melhores romances do Gabo. A palavra «romance» é propositada.
ResponderEliminarTenho curiosidade relativamente aos últimos três da lista...
Bjs.
E tem toda a razão no comentário que deixou no FB, André :)))
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