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segunda-feira, novembro 17, 2014

Empanturrados













 
 
 
Pedro Santos Guerreiro escreveu ontem à noite, no Expresso online, sobre a demissão do ministro Miguel Macedo.

Termina dizendo:

“O ministro é inocente e fez bem em demitir-se. Mas apenas abriu a porta da rua por onde mais algumas pessoas vão ter de passar. Andamos empanturrados com tantos escândalos. Mas não acostumados a eles.”

Eu, pelo contrário, acho que nos habituamos a tudo, e cada vez mais depressa.

Peter Kassig, de 26 anos e ex-soldado no Iraque, tinha-se convertido ao islamismo e fundou uma organização humanitária em 2012 - "Resposta e Assistência Especial de Emergência" para auxiliar as populações na guerra da Síria. Foi lá que foi sequestrado.

A notícia da sua decapitação pelo Estado Islâmico, na semana passada, parece já não ter incomodado ninguém por aqui, ou quase.

Empanturrados de informação e escândalos domésticos que estamos, a notícia da sua morte horrível já foi empurrada um pouco mais para baixo nas páginas dos jornais.

O Pedro Santos Guerreiro se calhar ainda não reparou que até à barbárie nos vamos acostumando.

Mais cabeça, menos cabeça…

sábado, março 23, 2013

O retorno

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eu estava a pensar escrever alguma coisinha sobre o regresso de Sócrates, mas depois li este artigo de Pedro Santos Guerreiro e desanimei logo. É que ele escreve exactamente e o que eu penso, e ainda por cima tão bem, que um amador mete logo a viola no saco.
É ler.
Começa assim:
O homem é um colosso. Só alguém tão carismático como José Sócrates poderia regressar menos de dois anos depois. Mas mesmo isso não bastaria se as actuais lideranças políticas fossem fortes. Não o são: no Rato e na Lapa só há pão-de-ló. Em Belém, chá.
 
A imagem é de Yronikamente

segunda-feira, maio 07, 2012

O Pedro, o Henrique e a escrita deles

Este post tem como real objectivo chamar a atenção para o excelente editorial de Pedro Santos Gurreiro publicado no Jornal de Negócios na semana passada.
É jornalismo de primeira, e eu gosto. Se faço este aviso é porque, no fim, pode já não se perceber isso muito bem, as conversas são como as cerejas e tal.

Acontece que eu também tenho uma costela masoquista, e assumo que todas as semanas leio gente que, sei-o antecipadamente, me vai deixar mal disposta.

É o caso de Henrique Raposo, rapaz endiabrado, cheio de “graça” e certezas.
As suas crónicas provam à saciedade que não é preciso ter berço para alinhar na direita parva; quando o assunto recai sobre a sua humilde família de origem, todo ele é doçura e ternura e sei lá, quase me comovo; quando fala do país oferece-nos uma taça de cinismo a boiar em graçola arrapazada.

Esta semana, escrevendo sobre o mesmo assunto que Pedro Santos Gurreiro, atira-se, mas a brincar, é sempre a brincar, a quem se indignou com a história Pingo Doce.
Esquerda caviar, diz, (como agora a direita gosta de dizer), que acharia normal uma fila para comprar um brinquedo da Apple, mas no fundo não suporta o povinho que só quer consumir barato.

Povinho esperto, o nosso. Os caviar, que por aqui também andam, é que são do piorio. Se, ao menos, o Raposo soubesse argumentar! Mas a única coisa que ele sabe é usar uma prosa chocarreira que deve achar de grande qualidade.

A minha costela masoquista, porém, não desgruda. Todas as semanas o leio e todas as semanas, quando acabo, só me apetece dizer-lhe:
Ó Henrique, vai-te catar.
E para a semana há mais.