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segunda-feira, setembro 03, 2012

Leveza opinativa


Quando os jornais querem uma opinião levezinha, rápida e pouco pensada, mas com um embrulho de respeitabilidade, chamam Maria Filomena Mónica. A senhora será, talvez, boa na sua área de investigação, mas para tudo o resto é duma “frescura” típica da portugalidade que tanto a agasta.

Esta semana, no Expresso, e a propósito da RTP escreve, e bem, sobre imemoriais vícios deste país.

Porém, não sabendo o que pensar nem como rematar o artigo, termina-o dizendo:

Perante isto, que pode um cidadão fazer? No meu caso, vou mandar selar o contador da EDP, após o que passarei a iluminar a minha casa à luz das velas. Julgo que, aqui, é suposto o leitor rir-se.

A mim, perante isto, parece-me que os opinadores pagos pelos jornais que eu compro, deviam ponderar os assuntos e formar uma opinião antes de enviarem a cronicazinha.

Mas este estilo levezinho e repentista de MFM está-se-lhe a colar à pele.

Noutra semana, em que o Expresso a levou a passear por Lisboa, foi à Gulbenkian para ver o mar dum quadro de Turner, mas também espreitou a exposição de que aqui falei bastante, “Tarefas infinitas”. Tendo lá encontrado Eduardo Lourenço, Maria Filomena Mónica dispara (e cito de cor):
- Não gosto!
Eduardo Lourenço respondeu:
- Também estranhei, mas acho que é a exposição mais original que já vi na minha vida.

Encontre as diferenças” entre os nossos intelectuais; que não são cinco, como nos passatempos, mas apenas uma - uns são e outros parecem.