…o escritor Claudio Magris diz que a Itália – esse laboratório de experiências políticas e sociais – assistiu na era Berlusconi ao triunfo de uma lumpen-burguesia “que tanto no plano intelectual como moral perdeu o sentido da decência e do respeito”. Esta categoria de lumpen-burguesia não é uma invenção de Magris, mas ele dá-lhe um novo sentido: é uma classe que vive a euforia de uma nova inocência, porque a vergonha, o mais íntimo sentimento do EU, é um bem que ela não possui. E por isso é incapaz de experimentar qualquer sensação de embaraço.
Talvez eu
ainda não esteja aí. Porque fico muito embaraçada.