- As que acham que estou a mentir
- As que acham que sou snobe
- As que acham que estou a mentir e sou snobe.
Porém, é completamente verdade. A partir do primeiro Big Brother, percebi que, no género, as coisas só podiam piorar, e passei a seguir à letra a resposta que os liberais gostam de dar: ninguém é obrigado a ver, é só mudar de canal. Assim faço, mas ninguém acredita.
Contudo, também tenho a minha costela masoquista, que me leva a ler, todas as semanas, as crónicas de Ana Markl e de Inês Lopes Gonçalves, no Atual do Expresso.
A primeira baptizou a sua coluna de Procrastino Amanhã, o que me devia fazer logo procrastinar a leitura; mas não, teimo em meter-me por dentro daquilo que talvez seja “cultura pop”, sei lá, não tenho a certeza, ainda não percebi.
A segunda dedica-se à televisão, em crónicas ligeiríssimas sobre programas de alto gabarito, ao que me parece.Ambas pretendem ser modernas, mordazes nas suas veladas ou claras críticas, mas cá a mim parece-me que estão a escrever um blogue dirigido a uma faixa etária que vai dos 18 aos 30.
Se a ideia é essa, juro que encontro na internet uma mão cheia de gente que o faz melhor; se a ideia não é essa…então, não sei qual será.Porque continuo a lê-las todas as semanas? Bom, talvez eu não seja só masoquista; talvez esteja a torcer para que melhorem e sejam sinal duma nova geração de mulheres jornalistas com escrita forte e pensamento estruturado.
Ainda não aconteceu, mas nem por isso perco a esperança.
Força meninas, ao trabalho.Eu, cota, vou continuar a autoflagelação até que um dia, que não hoje, as possa aplaudir.