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segunda-feira, janeiro 05, 2015

Para o povo













 
 
 
 
 
Títulos lidos (só) no sábado:

 - Portugal perdeu mais de mil jornalistas desde 2007 (RR)

 - 52 mil idosos perderam complemento solidário (Público)

 - Em seis anos mais de 10 mil enfermeiros pediram para emigrar (Público)

 - Mais de 1700 crianças perderam o abono de família, (já não sei onde).

Não percebi logo que memória tudo isto me convocava, mas depois lembrei − o almirante Pinheiro de Azevedo, Primeiro-Ministro de Portugal nos idos de 1975, a dizer, certa vez, no calor do PREC:

 Bardamerda para o povo

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

O povo não é sereno

A célebre frase “O povo é sereno”, proferida por Pinheiro de Azevedo durante uma manifestação no longínquo PREC, encerrava, ao tempo, uma certa dose de verdade.

Há quarenta anos, o povo carregava algum fatalismo e conformismo, sem dúvida, mas geralmente acompanhava-os de sobriedade e dum saber de “experiência feito”.

Os tempos mudaram, mudaram muito, e até deixou de haver povo, passando a haver apenas “público”.
Porém, eu gosto desse ancestral termo - povo.

O moderno povo urbano que hoje vemos nos telejornais está cheio de si, das suas verdades indiscutíveis, das suas razões, e, demasiadas vezes, duma raiva quase assassina, pronta para o linchamento se houver oportunidade.

Dúvidas, não tem nunca. É um povo cheio de certezas, aquele que vai para a porta dos tribunais gritar “assassino” e demais impropérios ao arguido antes mesmo de qualquer julgamento, e no fim dele também, se o resultado não for a seu contento.

Arguido de caso mediático é, para este povo urbano e excitado, fatalmente culpado.
Foi assim com os McCann, com Carlos Cruz e agora com Afonso Dias, réu no caso do desaparecimento de Rui Pedro.
Este povo assusta.