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12 de julho de 2013

Assunção Esteves

Quando em 2011 foi eleita Presidente da AR, com apoio mais ou menos generalizado dos deputados, não me pronunciei neste blogue, o que alguns, que me sabem apoiante das causas das mulheres, estranharam.

Assunção Esteves é “afilhada” de Cavaco Silva. Foi pela mão dele que entrou no Tribunal Constitucional e a ele deve a sua carreira política.

Como credenciais, não me pareceram as melhores do mundo e achei por bem esperar para ver.
Esteves e Silva, verifica-se, são criaturas que podiam ocupar os seus lugares em tempos mornos de salamaleques, mas mostram à saciedade que não servem para os  dias de tempestade que vivemos.

Quando, há umas semanas, um grupo de reformados se manifestou na AR, em silêncio e de costas para o hemiciclo, Assunção Esteves, reformada aos 42 anos com 7000 euros de reforma, ralhou-lhes e disse-lhes que respeitassem o Parlamento.
Ou seja, por aqui não se passa nada, e aquilo, quanto a ela, foi só um grupo de velhos malcriados que resolveu chatear a senhora Presidente que estava lá no alto posta em sossego.

Ontem houve novos protestos na Assembleia e Assunção Esteves disse:

“Nós não fomos eleitos para termos medo, para ser coagidos e provavelmente também não fomos eleitos para não ser respeitados".

Pois não. Os senhores deputados foram eleitos para representar os portugueses e devem ser respeitados, mas é preciso que mereçam o nosso respeito o que, manifestamente, vai sendo cada vez mais difícil de acontecer com a classe política. Toda.

Ainda bem que não deitei foguetes antes da festa, ou seja, quando foi eleita − a protegida de Cavaco Silva parece-me pouco preparada para dirigir a casa da democracia em tempos de cólera.
Além disso, também nunca gostei de sonsas.