Desta vez
ensinou-me o que é a síndrome burn-out.
Citando-o,
direi que “é uma doença da civilização exclusivamente ligada aos aspectos que
caracterizam a organização contemporânea do trabalho”, e que apresenta os
seguintes sintomas: fadiga até ao limite do esgotamento, ansiedade,
incapacidade de controlar o stress,
despersonalização e impotência.”
Continuando
a citar o artigo de AG:
“Em média, o
tempo de trabalho é hoje superior ao que vigorava no século XIX” e o progresso
tecnológico em vez de libertar o homem "forneceu utensílios que acabaram por
aumentar o tempo de trabalho com vista ao aumento da produção e do lucro."
Os actuais
métodos de gestão “submetem, controlam, pressionam e induzem a uma competição
que quebra solidariedades e cria delatores”.
“Não há
exterior ao tempo de trabalho” e não há classe profissional que não sofra de burn-out, ou, em linguagem de rua, já
ninguém consegue “ter uma vida”,
digo eu.
A juntar a
este mal global, o governo português, nos últimos três anos, legislou
arduamente para aumentar o horário de trabalho, descer salários, aumentar as
rendas de casa, aumentar o IMI, cortar nos apoios sociais e levar a cabo um
enorme aumento de impostos.
Desregulamentar
o trabalho, incitar à emigração e tornar as nossas vidas cada vez mais precárias foi uma aposta
ganha pelo governo.
Assim sendo,
não espanta que os dados sobre a natalidade em Portugal sejam assustadores.
Joaquim
Azevedo, docente não sei do quê, disse que, a continuarmos assim, em breve
estaremos nos níveis populacionais da idade média, o que torna o país inviável.
Aí o governo
interroga-se: Que é que vamos fazer?
A mim
apetece-me logo responder como o Pedro Abrunhosa, mas não o faço.
Primeiro,
porque sou uma senhora, e segundo porque fiquei muitíssimo descansada quando li
no jornal ionline:
“O docente
(Joaquim Azevedo) foi apresentado recentemente pelo primeiro-ministro, Pedro
Passos Coelho, como coordenador de uma equipa de trabalho sobre questões de
natalidade que irá trabalhar o tema e apresentar propostas ao Governo.”
Ah, pronto,
com mais um grupo de estudo isto resolve-se. Alguma dúvida?
PS: Ó mãe,
não abra o link do Abrunhosa