Desde sempre
foi claro, mas a partir de sexta-feira passada tornou-se nítido, que este
governo, por causa da troika, por
causa de si próprio ou por causa de ambos, declarou guerra ao povo que governa.
Em menos de
dois anos errou todas as previsões, esgotou a nossa paciência, a nossa capacidade de sofrimento e, com o desprezo
que usa para nos falar, está em vias de esgotar também o que nos resta de
dignidade.
Este governo
não nos governa nem não nos defende.
Não se
demitirá, mas pode ser demitido por nós.
A receita
para a sua demissão não precisa ser inventada; precisa apenas da coragem de não
sairmos da rua, como fizeram os búlgaros em Fevereiro ou os checoslovacos em
1989. Ou nós mesmos por Timor.
E a quem me vier acenar com o horror (de que
não duvido) que será o dia seguinte, direi apenas que um país de cócoras é mais
insuportável e tem menos futuro que um país falido.
Ninguém me “passou
a bola” mas também eu digo: Demissão, já!