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segunda-feira, setembro 05, 2011

Gordura localizada

O “velho” PSD começa a não aguentar mais o rabo na cadeira, parece que ela tem picos. Manuela Ferreira Leite, Vasco Graça Moura, Marques Mendes, já vieram dizer que assim não dá e que o “rapaz” está a esticar tanto a corda que ela vai partir.
O “rapaz”, ex-jotinha cheio de traquejo partidário, sabia que tinha que mentir muito para levar a sua avante (salvo seja) e foi o que fez. Disse em campanha tudo ao contrário do que planeava, disse uma coisa cá dentro e o seu contrário lá fora, tomou o freio nos dentes à boleia da troika que chamou com o chumbo do PEC IV (é bom lembrar que, logo aí, para dentro disse que era por ser demais e no dia seguinte, para fora, disse que era por ser de menos) e parece agora um elefante numa loja de porcelanas.
Depois de aumentar impostos até ao limite, atirou-se finalmente à “gordura do Estado”. Esta, afinal, estava toda na cintura, como é habitual; era gordura localizada – na saúde, educação, segurança social.
Manda o ministro das finanças anunciar uma cirurgia rápida e a frio (é preciso poupar) e…já está!
Não deu a cara? E para que havia de dar? Já sabemos que a culpa é toda do anterior governo. Não é sempre assim governo após governo?
Dra. Manuel Ferreira Leite, a senhora foi a primeira a chamar mentiroso a Sócrates com todas as letras; pois aqui estou, sentada, à espera de ouvir mais alguma coisita que ache por bem dizer.
Sabemos que se acha diferente, e melhor; por isso lhe deixo a pergunta - 
será capaz de repetir a vernacular proeza e chamar mentiroso a Passos Coelho com todas as letras?

terça-feira, agosto 23, 2011

O óbvio e o menos óbvio

Ao fim de 37 anos de democracia, o voto dos portugueses tornou-se mais ou menos previsível a cada acto eleitoral.
Quando, no dia 5 de Junho foram mais uma vez chamados a votar, a sua vontade de mudança era tão grande que, previsivelmente, a maioria optou pelos partidos que, com toda a certeza, garantiriam essa mudança; outros, incapazes de pôr a cruz em partidos com que não se identificam, mas desejosos de mudança e estabilidade, escolheram o voto em branco, conscientes de que o resultado seria o mesmo. Esqueceram esses que também na mudança os fins não justificam os meios, e que a estabilidade pode ter um alto preço ou não se traduzir em nada mais que uma paz social muito podre.
Mas mudar era imperioso; porém, os portugueses não perceberam, julgo que até hoje, que o PSD de Passos não tinha nada que ver com o velho PSD, esse sim, seu velho conhecido. Pois se até o velho professor Marcelo, tão perspicaz e inteligente, continua a comentar o governo como se ele fosse constituído pelo velho PSD…
Com o país ainda de férias, só mais lá para a frente a maioria será confrontada com as (poucas) medidas já em vigor e as (muitas mais) que aí vêm. A título de exemplo vale a pena referir que, hoje, 5 euros não dão para mais que duas viagens ida e volta de Metro.
Este governo, eleito com o voto desesperado dos portugueses, vai destruir o que levámos 37 anos a construir.
Com a sua fúria de ser mais duro e rápido (mas sempre com os mesmos) que a troika, vai levar os portugueses à penúria e a um passado que as novas gerações desconhecem.
Quem dera estar enganada, mas acho que é só esperar para ver.