Acabei de
ler “Diário de Inverno” de Paul Auster. Pepineira.
Auster
escreveu este livro (porque precisa de pagar as contas, digo eu), porque está
quase a completar 65 anos de vida, o que corresponde à idade oficial de entrada
no Inverno da vida, diz ele.
A mania de
comparar a vida com a sucessão das estações do ano é coisa que me chateia, e,
de tão repetida, só denota uma grande falta de imaginação.
Eu, por
exemplo, nasci no verão; na minha perspectiva, quando estiver com os pés p’rá
cova deve ser Primavera, porque já passei pelo Verão, pelo Outono e pelo
Inverno.
Este pessoal
que insiste no Inverno da vida e tal, só pensa no esqueleto, parecendo
esquecer-se de que sempre nos sentimos mais novos do que o que realmente somos.
Qual Inverno,
qual carapuça!
Custa dar
uma chance ao que a gente sente deixando as artroses fora da literatura?
Por mim,
insisto em dizer que já não falta muito para entrar na Primavera da minha vida,
com direito a descontos na CP e na Gulbenkian.
Cúmulo da
sorte, não vou sozinha.
Por isso parabéns,
hoje, para quem comigo faz, todos os dias, este caminho rumo à Primavera.
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