Esta é uma verdade inconveniente, que todos conhecemos, mas de que é feio falar.
O “desperdício” em Portugal não é só o que o Estado faz em todos aqueles setores e situações de que os economistas e comentadores nos falam – Parcerias PP, institutos e fundações, autoestradas, nomeações políticas etc.
O “desperdício” também é obra de muitos portugueses “servidores do Estado” que colocam asas nas fraldas dos hospitais, medicamentos, seringas, compressas, alimentos, materiais de limpeza e tudo o que por lá exista e que, na contabilidade, julgo que se chamam bens transacionáveis.
Dá-se até o caso de, por vezes, algum desse material calhar a aterrar em centros de enfermagem privados, onde serão pagos pelo consumidor.
Da mesma maneira, noutros locais, canetas, lápis, clipes, agrafos, elásticos, papel, fotocópias, tudo é material voador.
Dir-me-ão que o mesmo se passa em muitas empresas privadas, cooperativas, IPSS etc., e eu acredito, até porque já vi.
São tantos os objetos voadores em circulação que até me espanta como não há mais engarrafamentos e choques lá nas alturas.
Claro está que o povo tem o velho provérbio que diz – ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão, mas bom mesmo era que não houvesse ladrões e que um pouco mais de ética voltasse a ter lugar na nossa vida coletiva.
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