Destinos diferentes para todos eles – dos dois rapazes mais velhos, um aceita ir para o exército do czar, o outro deserta e vai para os Estados Unidos onde prospera. Do primeiro não se sabe mais, mas o “americano” chama a família. Com a filha em bom andamento para se “perder” com os cossacos, Mendel resolve partir, deixando para trás Menuchime, o filho doente, entregue a vizinhos.
A vida em Nova Iorque é pautada pelos dramas trazidos pela Primeira Guerra Mundial.
De perda em perda, Mendal perde também a fé mas nunca deixa de pensar no filho que deixou para trás.
A história tem um final feliz que só pode mesmo acontecer nos romances da época, sendo o livro considerado um dos 100 principais romances do século XX.
Tocante mesmo, é o infinito amor que os pais sempre dedicam a um filho deficiente, como se se amasse mais o elo mais fraco, amor que sempre é amplamente retribuído. Ou talvez seja ao contrário – um ser frágil e doente ama mais e, por isso, prende e recebe mais.
Não sei se não será exagero classificá-lo como obra-prima mas é, seguramente,um livro que vale a pena ler.
Jó, Romance de um homem simples
Joseph Roth
Edições Babel, 2010
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