É normal que cada novo director tenha o direito de escolher, além da sua equipa, também os seus cronistas. Uns saem e outros entram.
Inês Pedrosa foi uma das que saiu da revista Única. Não sendo uma fã incondicional das suas opiniões ou dos seus romances, foi um prazer vê-la crescer como cronista, semana após semana. Foi substituída não por um, mas por dois novos cronistas – Nuno Markl e Guta Moura Guedes.
Poder-se-ia pensar que o leitor ganharia com este inusitado “sai um, entram dois”, mas, pela amostra da primeira semana, não estou confiante; aquilo é muito, muito light e ambos escreveram crónicas fraquinhas, tão fraquinhas que até dói.
Inês Pedrosa, como todos os cronistas, tem temas de eleição, entre eles a situação das mulheres e a violência doméstica.
Ora, estes temas, como já aqui escrevi, não são modernaços nem sexy, e palpita-me que o jovem (?) Ricardo Costa não os deve apreciar.
Eu, ao contrário, gosto que eles não sejam esquecidos, e sempre digo que sou feminista.
Contudo, o meu feminismo apenas se alicerça no desejo dum mundo com direitos e deveres iguais para ambos os géneros, e nunca no domínio de um pelo outro.
Vem isto a propósito do que diz Maria Filomena Mónica, senhora com uma costela estrangeirada e outra medina-carreirada, para quem nada está bem, o país é uma “bosta”, e que também passará a ter uma crónica (julgo que mensal) no Expresso.
Ela é uma das várias pessoas a quem é pedido, na revista Única desta semana, que antecipe o ano de 2049.
Depois de tecer várias considerações sobre o cromossoma Y termina dizendo (e transcrevo):
Em 2049 os homens ainda se passearão pela superfície da terra, mas já bastante debilitados. O mundo do século XXI, e por aí fora, pertence ao cromossoma X, ou seja, às mulheres, ironiza. E termina com uma frase-bomba. “ O cromossoma Y não tem mais do que o que merece.”.
Se eu dissesse à MFM que sou feminista, ela fugiria de mim como da peste.
Contudo, esta senhora, que não é feminista, odeia os homens e eu, que o sou, adoro-os.
Pai, marido, filhos, irmão, amigos homens, ADORO-VOS e peço-vos encarecidamente que não deixem definhar o cromossoma Y, apesar das suas sabidas fragilidades.
Nem quero imaginar o que seria um mundo repleto de Marias, Filomenas ou Mónicas!
... e Manuelas, e Felícias, e...
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