terça-feira, julho 23, 2013

O Inverno da vida, e tal

Nos últimos anos, comparo os livros de Paul Auster com os filmes de Woody Allen – geralmente são uma grande pepineira; só de vez em quando sai um bom.

Acabei de ler “Diário de Inverno” de Paul Auster. Pepineira.

Auster escreveu este livro (porque precisa de pagar as contas, digo eu), porque está quase a completar 65 anos de vida, o que corresponde à idade oficial de entrada no Inverno da vida, diz ele.

A mania de comparar a vida com a sucessão das estações do ano é coisa que me chateia, e, de tão repetida, só denota uma grande falta de imaginação.

Eu, por exemplo, nasci no verão; na minha perspectiva, quando estiver com os pés p’rá cova deve ser Primavera, porque já passei pelo Verão, pelo Outono e pelo Inverno.

Este pessoal que insiste no Inverno da vida e tal, só pensa no esqueleto, parecendo esquecer-se de que sempre nos sentimos mais novos do que o que realmente somos.

Qual Inverno, qual carapuça!
Custa dar uma chance ao que a gente sente deixando as artroses fora da literatura?

Por mim, insisto em dizer que já não falta muito para entrar na Primavera da minha vida, com direito a descontos na CP e na Gulbenkian.

Cúmulo da sorte, não vou sozinha.
Por isso parabéns, hoje, para quem comigo faz, todos os dias, este caminho rumo à Primavera.
 
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