Assunção Esteves
é “afilhada” de Cavaco Silva. Foi pela mão dele que entrou no Tribunal
Constitucional e a ele deve a sua carreira política.
Como credenciais, não me pareceram as melhores
do mundo e achei por bem esperar para ver.
Esteves e
Silva, verifica-se, são criaturas que podiam ocupar os seus lugares em tempos mornos de
salamaleques, mas mostram à saciedade que não servem para os dias de tempestade que vivemos.
Quando, há
umas semanas, um grupo de reformados se manifestou na AR, em silêncio e de
costas para o hemiciclo, Assunção Esteves, reformada aos 42 anos com 7000 euros
de reforma, ralhou-lhes e disse-lhes que respeitassem o Parlamento.
Ou seja,
por aqui não se passa nada, e aquilo, quanto a ela, foi só um grupo de velhos
malcriados que resolveu chatear a senhora Presidente que estava lá no alto
posta em sossego.
Ontem houve
novos protestos na Assembleia e Assunção Esteves disse:
“Nós não fomos eleitos para termos medo, para ser coagidos e
provavelmente também não fomos eleitos para não ser respeitados".
Pois não. Os senhores deputados foram eleitos para
representar os portugueses e devem ser respeitados, mas é preciso que mereçam o
nosso respeito o que, manifestamente, vai sendo cada vez mais difícil de
acontecer com a classe política. Toda.
Ainda bem que não deitei foguetes antes da festa, ou seja,
quando foi eleita − a protegida de Cavaco Silva parece-me pouco preparada para
dirigir a casa da democracia em tempos de cólera.
Além disso, também nunca gostei de sonsas.
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