- A revista
do Expresso de sábado passado trazia um artigo sobre a prática de excisão
clitoriana, em meninas recém-nascidas, na Guiné-Bissau.
Como será
viver uma vida inteira tendo sofrido excisão clitoriana?
- Em
Portugal, este ano, aproximamo-nos das 30 mulheres mortas pelos maridos.
Como será
viver no medo de ser agredida ou morta pelo homem com quem planeámos partilhar
a vida?
- Tendo lido
recentemente “O Livreiro de Cabul” é frequente lembrar-me de Leila, a jovem
mulher que pensou em ser professora mas que, durante muito tempo, não se pôde
candidatar porque não conseguia encontrar quem se dispusesse a acompanhá-la até ao ministério.
Sozinha, segundo a lei islâmica no Afeganistão, não poderia caminhar pelas ruas
da cidade.
Como será
sentirmo-nos uma “coisa”?
- Há no
Facebook uma página denominada My Stealthy Freedom que vou seguindo. Nela,
mulheres iranianas denunciam a sua falta de liberdade, o medo de serem atacadas
com ácido, por exemplo, e colocam também as suas fotos, sem lenço ou hijab, em furtivos momentos de liberdade
carregados de contestação.
Como será nunca sentir o sol no corpo, a água do mar nos pés, o vento nos cabelos?
Parece que
ser feminista está fora de moda, não é?
Então,
pronto, não se fala mais nisso!
O feminismo é um movimento ao qual nunca aderiria. Os casos descritos são sobre direitos humanos, que me chocam e contra os quais estou disponível para lutar.
ResponderEliminarAs pessoas falam do feminismo como se fosse algo ruim... O feminismo nunca matou ninguém... diferentemente do machismo, que agride, humilha e mata diariamente e ninguém acha errado!
ResponderEliminarFora de moda ou não, impossível de ser esquecido....