José Mujica,
presidente do Uruguai, é uma dessas “bandeiras” da esquerda que, às vezes, me desconfortam.
Querido das
redes sociais, exemplo a seguir, homem desprendido, a viver pobremente como o
seu povo, um presidente sem mácula e, chega a parecer, concebido sem pecado.
Ultimamente
até vi uma fotografia do senhor, de pé ao léu, à espera de ser atendido numa
sala de espera dum hospital, dizia-se, junto com o resto da maralha.
Afinal, a
foto foi tirada na tomada de posse de um ministro durante uma vaga de calor no
Uruguai.
Confesso
que, depois de tudo o que já li, eu também tenho estado à espera, mas é de ver
anunciar que começou a fazer milagres.
Mujica
mostrou agora, para quem quis ver – e a maioria não quis, que das duas uma: ou
está um velhote tan-tan, ou é mais um populista.
O presidente foi, por estes dias, ao aeroporto, saudar, no regresso
a casa, o tal jogador que morde nos adversários – Suárez, carinhosamente
chamado lá na terra de Luisito.
No momento,
comentando o caso e o castigo que lhe foi aplicado, Mujica disse barbaridades
assim:
” Não o
escolhemos para ser filósofo, mecânico nem para ter bons modos. É um excelente
jogador.” (aqui)
"Sentimos que isto
é um ataque contra os pobres, porque estes golpistas não lhe perdoam [a Luis
Suárez] o facto de ele não ter frequentado uma universidade, de não ter tirado
um curso, e de viver naturalmente as rebeldias e as dores dos que vêm de baixo.
Não entendem nada, não perdoam" (Público)
E assim,
duma penada, José Mujica, o agricultor e ex-guerrilheiro Tupamaro , mostra que também ele não tem bons modos.
Nem sequer boa formação cívica.
Parece que andam a
propô-lo para o Nobel da Paz.
Se ajudar, o Luisito que o morda.
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