Espanta-me
que, seis dias passados sobre uma porcaria dum programa humorístico, o país
continue a discutir se o mesmo foi bom ou mau, por que razão não teve graça, ou
será que teve mas poucos a viram, porque entrou o jornalista Rodrigues Guedes
de Carvalho na farsa, mas terá sido uma farsa ou será tudo um mero golpe de
marketing para o que virá a seguir, poderá um jornalista espirrar, tossir ou
ter caspa e ainda assim continuar jornalista, poderá um jornalista do DN
escrever sobre um seu colega da SIC pondo as coisas no seu lugar ou terá alguma
coisa mais em vista, foi aquilo um sketch
corajoso por se querer dar um banano no Paulo Portas e por chamar bandidos aos
governantes ou, pelo contrário, sublimou os desejos reais de violência e ajudou
à manutenção da paz social podre fazendo um frete ao governo?
Estas e
outras questões, perguntas e conspirações continuam a ser discutidas nas redes
sociais, tantos dias depois, como se se tratasse de algum acordão do Tribunal
Constitucional, pr’aí, ou quiçá duma decisão irrevogável do do banano.
Uma pessoa
quase se esquece que aquilo foi um programa de humor. Apenas.
Eu até acho que as redes
sociais são, hoje em dia, o recreio dos adultos, mas, ó gente, há dias em que
aquilo lá no Facebook já não me parece o pátio do recreio – parece-me mais o
pátio dum manicómio.
Sem comentários:
Enviar um comentário