Três dias depois das eleições autárquicas já toda a gente debitou opinião e fez contas.
Eu só venho
aqui hoje dar os parabéns ao António Costa pela sua victória com números que já
nem se usam.
Mas ele
merece, trabalhou que nem um danado nesta campanha.
Suponho que
se terá lembrado do que aconteceu ao João Soares há não sei quantos anos,
quando prescindiu de fazer campanha porque “já tinha ganho”, e, afinal, não
tinha.
Costa é criatura
que aprende depressa e bem, e eu imagino que os homens do presidente bateram
ruas, ruelas, praças e pracinha para ver o que podiam fazer para animar os
munícipes.
Também fui
agraciada com um pouco do bodo, mas o que mais gostei, afinal, foi duma
informação.
No inverno
2012/2013, chuvoso como poucos, um troço duma rua perto de mim abateu.
Puseram-se
umas grades e umas fitas e assim ficámos durante o resto do Inverno, a
Primavera e todo o Verão, até agora ao Outono, uma semana antes das eleições.
Estão a pensar que o buraco foi arranjado? Nada disso. Nas grades foi colocada
a informação: Recuperação de Via a Cargo
do Metropolitano de Lisboa.
Pronto, aí
todos percebemos que a Câmara não tem nada que ver com aquela desgraceira,
embora eu, como outros certamente, a tenha andado a culpar injustamente durante
meses.
A culpa
toda, todinha, afinal é do Metro.
Da
informação, eu gostei, mas a grande chatice é que o Metropolitano de
Lisboa não vai a votos. E já chove.
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