Ouvi uma vez
o actor brasileiro Lima Duarte dizer:
Cultura boa
não é a que dá dinheiro, é ao contrário; dinheiro bom é o que dá cultura.Não sei se a frase é dele, mas foi a ele que a ouvi.
Dinheiro
bom, a dar cultura, é o da Fundação Caixa Geral d Depósitos − Culturgest.
Na passada
sexta-feira, esta comemorou vinte anos de existência.
Do programa
de comemorações, destaque para um concerto com peças de Bach e Händel, e ainda uma magnífica obra encomendada e
composta expressamente para a ocasião por António Pinho Vargas.
No mesmo dia
inaugurou uma exposição comemorativa dos vinte anos da colecção de arte.
Esta, com
curadoria de Bruno Marchand, ocupa todo espaço de exposições das galerias da
Culturgest, mostrando trabalhos, quantas vezes esquecidos, mas absolutamente
marcantes, no panorama artístico português a partir da segunda metade do século
XX.
Música,
dança, teatro, leitura, cinema, exposições, conferências e debates.
De tudo isto
se tem feito a Culturgest, tentando sempre “contrariar a mercantilização da
cultura” nas palavras do seu administrador Miguel Lobo Antunes.
Por isso a
Culturgest se anuncia, e bem, como “uma
casa do mundo”.
Venham mais
vinte.Dinheiro bom continua a ser o que dá cultura.
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