Com a
aproximação das eleições, quaisquer eleições, ouve-se cada vez mais a frase:
“nem lá vou”, frequentemente seguida de “são todos iguais”.
Mais ou
menos com a mesma filosofia de base, há sempre algumas freguesias que resolvem
boicotar as eleições esperando assim alcançar objectivos que vêm reivindicando.
São acções e
afirmações que mostram o quanto essas pessoas pensam que ir votar é um favor que fazem aos políticos, e que só
lho fazem se lhes apetecer ou se eles o merecerem.
Esta
pesporrência, este entendimento enviesado do acto eleitoral ao fim de 40 anos a
exercê-lo, tem tanto de triste como de eloquente sobre o estado em que ainda estamos.
A estes bravos
eu só peço uma coisa: façam o que prometem, e não vão votar, por favor,
nem agora nem nunca.
Fiquem em
casa, vão à bola, à pesca, ao jardim zoológico ou mesmo ao outro sítio (que a
gente não pode estar aqui a enumerar tudo), mas não
vão votar. É que eu, como tantos outros, que me esforcei por aprender a” ler”
a democracia estou fartinha de pagar, com língua de palmo, as vossas asneiras de
analfabetos políticos que só sabem assinar de cruz.
Mas esta
cruz, por favor, não! Deixem que eu faço.
Sim, porque
eu vou. Lá.
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