A gente vai
por ali afora a ler a notícia, e percebe que Associação de Professores de
Matemática (APM) não podia estar mais em desacordo com o programa que Nuno
Crato decidiu impor em Abril para entrar em vigor já em Setembro. Diz a APM,
por exemplo, que o programa entra em
“completa contradição” com a visão defendida pela Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Económico e que também “contraria as orientações curriculares actuais para o ensino da
Matemática a nível internacional, não tendo em conta a investigação
desenvolvida neste domínio, quer em Portugal, quer nos países de referência
nesta matéria”.
No último
parágrafo da notícia, porém, leio estupefacta:
“Já a Sociedade Portuguesa de
Matemática (SPM), de que Crato foi presidente, defendeu no seu parecer que a
implementação do novo programa da disciplina “será decisiva para que se atinja
um patamar de exigência mais elevado, cujas consequências benéficas serão, a
prazo, sentidas pelos níveis de ensino secundário e superior, e pela sociedade
portuguesa em geral”.
Como? Então,
duas organizações que têm o mesmo tema de estudo chegam a conclusões opostas?
Uma delas há-de estar, no mínimo, a ser pouco séria.
Se calhar devíamos
pedir uma 3ª opinião para desempatar, talvez ao ministro da educação finlandês.
Ou
deveríamos antes pedir à troika que
fizesse o programa de matemática?
É que me
parece que alguma coisa tem de ser feita para salvar as nossas crianças dos
bandos de mentecaptos que, a cada momento, se perfilam para jogar à batota
com o seu futuro.
Não admira nadinha a contradição. Que (C)rato!
ResponderEliminarbji, amiga querida