Não é verdade.
É certo que ele
foi uma das pessoas que mais me desiludiu em política, e também continuo a
achar que muitos dos males que vivemos hoje têm origem em decisões suas. Porém,
isso não é nenhum ódio, muito menos de estimação. Foi apenas um desacordo
político, embora dos grandes.
Desde que
saiu da presidência, Sampaio remeteu-se ao silêncio sobre o país.
Até agora, quando,
logo após o Conselho de Estado, deu uma entrevista a Maria Flor Pedroso na
Antena 1 da RDP.
Nessa
entrevista falou acertadamente, com base num pensamento político sólido, como
lhe é próprio, mas sem proferir, sequer, uma frase susceptível de ser
largamente citada ou tomada como bandeira.
O mais
importante dessa entrevista, quanto a mim, foi o não-dito.
Creio que, com
este seu reaparecimento, Jorge Sampaio tentou, in extremis, que os portugueses não esquecessem uma verdade
elementar − a Presidência da República é um importante órgão de soberania que
pode, e deve, ser ocupado e exercido com dignidade.
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