De repente, achei que estava a ver um filme antigo, a preto
e branco, e que julgava já estar no caixote do lixo da história.
Pois, não está, e com ele vieram-me à memória o Movimento
Nacional Feminino, o queijo e rosado e o leite em pó do senhor prior, e a
morgada lá da aldeia que passava a vida na sacristia e, no tempo livre, fazia
uma caridade repleta de censuras àqueles farrapilhas que não sabiam governar a
casa com o mísero salário que o seu marido lhes pagava para trabalharem de
sol-a-sol.
“Vivemos acima das nossas possibilidades”, pois claro, e
temos que empobrecer. Imagine-se que os filhos dela não usam copo dos dentes,
gastando assim imensa água (quem é que os educou? certamente a criada
desgovernada enquanto ela estava na sacristia) e ainda deu sábios conselhos,
como aquele de os jovens se deixarem de concertos rock e guardarem o
dinheirinho para quando precisarem de fazer uma radiografia.
Esta maralha caridosa, esta casta superior, acha que,
finalmente, podemos voltar aos gloriosos tempos, de tão boa memória para eles,
de 1973, ou 1963 e por aí atrás. E di-lo.
Olhe, D. Isabel Jonet, eu também lhe vou dizer uma coisa:
quando chegar o dia do seu peditório, eu vou seguir os seus pedagógicos
conselhos, vou olhar para a carteira e ponderar se não tenho andado a viver
acima das minhas possibilidades.
É que, ainda mais por já não ser jovem, vou ter de poupar para a radiografia.
Já reparou como "se enterram" estas beatas? Raios as parta e à sua caridade para mostrar que sé é boa pessoa!
ResponderEliminarbeijinhos
UNS DIAS DEPOIS PERCEBE-SE TUDO|O governo entrega o programa de combate à fome nas escolas, ao Banco da Isabel!
ResponderEliminarA pobreza passou a ser uma nova área de negócio! Daí a senhora passar a dizer disparates como o Ulrich ...