A violenta desagregação do tecido social a que estamos a
assistir não é “um quase nada”; é grave, sulcada de golpes profundos, feia e
assustadora, mas, mesmo assim, não é desculpa para aquilo a que assistimos.
Os homens portugueses desataram a matar as suas mulheres
como quem mata mosquitos incómodos e persistentes.
Só na semana passada, em cinco dias, duas mulheres morreram
e outras duas ficaram em perigo de vida.
Estalado o fino verniz, por isto ou por aquilo, eis-nos
confrontados com o esplendor da bestialidade masculina, mais o seu cortejo de
tiros e facadas, disfarçada de paixão, vida sem esperança, amores canalhas,
desemprego ou desnorte.
Tudo mentira. Trata-se apenas de pequenos tiranos de opereta,
mas com a arma carregada, que se sentem donos das suas mulheres e autorizados a
dispor das suas vidas.
Nada neste mundo, nenhuma desgraça pessoal ou social, pode
justificar o assassínio das mulheres. Esta prática apenas sinaliza uma
sociedade troglodita e machista - dum machismo desprezível, repugnante, e IMPERDOÁVEL.
Tudo quanto possa ser dito nada acrescenta à revolta que sentes e à vergonha que nos cobre a todos por sermos participantes de uma sociedade destas!
ResponderEliminarHá aqui uma culpa colectiva que precisa de expiação.
Beijos,
não somos pós modernos somos a-modernos
ResponderEliminarJá esta, é uma vertigem horrível: a tristeza, a vergonha e a vontade de gritar!
ResponderEliminarO que o verniz esconde!:((
ResponderEliminarbeijinhos, querida Maria
Nina
Imperdoável, é preciso dizê-lo sempre!
ResponderEliminar~CC~
Às minhas colegas bologgers diria que este é um assunto sobre o qual talvez nos devessemos pronunciar mais vezes. Todas.
ResponderEliminarAo Manuel :)))))