Centenas de horas de emissões de rádio e televisão, quilómetros de folhas de jornal, dezenas de repórteres no local para noticiarem cada bocejo do Ronaldo e companhia.
Estamos, apesar de tudo e felizmente, longe dos paranoicos
tempos de Scolari, com o seu cortejo de santinhos e o seu estranho
sentido de Pátria.
Porém, vindas das mais altas esferas, continuamos a ver
estupidezes embrulhadas em celofane verde e rubro.
É esse o caso do inenarrável anúncio da Galp Energia em que
um rapazinho lê uma espécie de discurso aos jogadores, no qual afirma, entre
muitas outras “pérolas”, que, no futuro, só fica em Portugal se valer a pena.
Depreende-se, então, que isso está nos pés daqueles homens, e que ele próprio
não é para aí chamado.
É tudo mau demais naquele anúncio.
Num excelente artigo do Expresso de 9 de Junho, Fernando
Madrinha responde-lhe à letra não deixando nada por dizer.
Nem sequer deixa de referir aquela lamentável cena em Belém,
com a qual ninguém ousou bulir – Cristiano Ronaldo a tratar o Presidente por
“você” e a terminar o convite com um singelo “tá?”.Tanta gente na Federação e ninguém que ensine o trivial das boas maneiras ao capitão?
E não, ó senhores da Galp, eu não me sinto (nem nunca me
senti) representada por um grupo de toscos ricos que apenas sabem jogar à bola,
e mesmo isso…tem dias.
O pior do nacionalismo e mau gosto chegou a este anúncio e
parou.Posto isto, pode até nem parecer, mas eu também torço pela selecção de futebol.
Isso! Futebol, apenas futebol.
E quando ele, o Cristiano, abre a boca num anúncio? É de gritos!
ResponderEliminarbeijinhos mil, querida Maria
Aquele anúncio da Galp é mesmo um vómito!!
ResponderEliminarbeijinhos,