Lá nessa empresa escolhida por adjudicação direta, reuniu-se o pessoal e fez-se o inevitável brainstorming.
Pensaram, pensaram e decidiram que o melhor e mais eficaz
era chamar o Sócrates outra vez. Os jornalistas iam cair que nem patinhos.
Invadem então todo o “mercado”, esmiúçam, esmiúçam para nos
dar circo.
Sai Sócrates sobre o Freeport – quantas vezes se pronunciou
o seu nome na audiência? quantas?
Sai a licenciatura – os documentos estão quase, quase a ser
entregues em tribunal. Quando?
Saem as contas da parentela em offshores – onde? quanto?
Sai uso de cartões de crédito pelos ministros de Sócrates –
tinham? eh!, e usaram em despesas pessoais?
Vem Cavaco e dá uma ajuda pro bono à empresa de marketing
– Sócrates? nunca houve ninguém tão desleal.
Retirando a cavacada, eu olho e penso com os meus botões –
quem se mete com juízes ou magistrados, leva. Nunca é de mais lembrá-lo.
Ó deuses, eu só queria esquecer Sócrates, e o homem até
ajudou; foi-se embora e ficou calado, mas eles não me deixam esquecer, aliás,
não querem que eu esqueça.
O professor Marcelo bem me podia fazer um favorzinho lá numa
das suas homilias dominicais, largando a sentença: parem com o tiro ao
Sócrates!
Eu só quero esquecer. É pedir muito? Irra!
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