Constituída por fotografias, vídeos, textos, pinturas, esculturas e instalação, nela vamos descobrindo as múltiplas facetas dum artista a quem nenhuma forma de expressão é estranha. Bailarino, pintor, actor, escritor, tradutor, gráfico, curador, cineasta, fotógrafo, poderia ter sido também escritor, porque aqui encontramos também um bom narrador e contador de histórias (reais ou imaginadas), que até nos podem fazer rir: eu ri, e ouvi um jovem que estava por perto dar umas boas gargalhadas.
Porém, visitar esta exposição que ocupa todo o CAM, excepto a Galeria -1, exige tempo, muito tempo, porque não se trata apenas de ver, mas também de ler.
Ouso por isso dizer que o tamanho desta exposição é quase um absurdo.
Por mim, estive lá duas horas e só vi uma parte. Com muita pena minha, que gostaria de ter visto mais, as pernas disseram-me para ir embora, e eu fui. Pelas minhas contas, para ver e ler tudo, precisaria de lá voltar ainda umas três vezes. A quatro euros cada vez…é fazer as contas, como dizia o outro.
Quem quiser ficar-se por uma única visita, dependendo da sua condição física e do número de vezes que vai ao ginásio, pode ficar com um visão maior ou menor do excelente trabalho dum dos nossos mais internacionalizados artistas.
O catálogo que acompanha a exposição não desmerece; com abundantes reproduções, tem textos em português, inglês e dinamarquês de Rachel Withers, Bruno Marchand e João Nisa (cinema).
Preço, 40 euros.
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