Chegou agora a vez dum congressista do partido democrático, Anthony Weiner.
Constou que o senhor tem, desde há três anos, o hábito (vício?) de trocar mensagens eróticas na internet com seis mulheres, e isso foi suficiente para que vários congressistas do seu partido tenham já pedido a sua demissão, incluindo a imaculada líder da bancada, Nancy Pelosi.
Assim bem encostadinho à parede, o homem meteu férias e disse que ia procurar ajuda médica para tratar o “vício”da pornografia.
Obama viu-se obrigado a falar sobre o assunto classificando-o de “distracção” dos assuntos verdadeiramente importantes. E mais não disse.
Bom, é um primeiro passo, mas parece que nem Obama consegue dizer de caras aos seus compatriotas que têm que aprender a distinguir o que é público do que é privado, e que é um atentado às liberdades individuais, que tanto prezam quando lhes dá jeito, meterem-se no privado de cada um.
Com tanta exigência no que toca aos costumes dos políticos aquilo até parece um país em que ninguém espirra, ou tosse, ou tem caspa, ou mau hálito, sua dos pés, é adúltero ou promíscuo, ninguém bebe ou usa drogas, enfim, um país de gente completamente higiénica ou até mesmo asséptica.
O escrutínio exagerado, além de indecoroso, faz mal à política. Distrai.
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