Com a mudança de governo, é natural que estes profissionais estejam preocupados. Em Portugal, cada governo gosta de fazer as suas experiências, de deitar fora o que vem de trás, seja bom ao mau, para deixar a sua marca da governação. Assim caminhamos aos solavancos, por vezes com um passo para a frente e dois para trás.
Com uma década de desenvolvimento anémico, a ciência foi uma excepção e é hoje, em Portugal, uma realidade preciosa mas de estrutura frágil. Somos bons nela, se nos forem dadas condições mínimas. Fixámos jovens e menos jovens cientistas portugueses e atraímos muitos estrangeiros. Em 2010, uma notícia do Público, há sensivelmente um ano, dava-nos conta de que Portugal publica por ano 7 000 artigos científicos (cerca de 20 por dia), com relevância internacional, e que o país registou na última década o maior crescimento europeu na área.
No artigo do Expresso, Benedita Rocha Vieira, vice-reitora da Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, Descartes, afirma: “ A riqueza de um país depende do seu nível científico”. Parece óbvio mas, sê-lo-á para a dupla Passos/Portas?
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