com coreografia de John Cranko (sul-africano). A belíssima música de Prokofiev continua a ser peça fundamental para o entusiasmo que este clássico ainda suscita.
Assisti ao bailado no domingo à tarde, numa das chamadas Tardes Família, e é deveras entusiasmante ver o Teatro Camões cheio de famílias em que estão os avós, os pais e as crianças. Algumas destas são bem pequenas, mas a maneira como se comportam e assistem a todo o espectáculo podia servir de exemplo a alguns adultos. Elas não tossem, não se levantam, não enviam SMS, não falam alto.
Como ontem ouvi a escritora Lídia Jorge dizer na televisão, no programa da RTP2 Câmara Clara”, os portugueses são melhores que Portugal.
Já assisti a espetáculos da CNB verdadeiramente empolgantes, daqueles que nos deixam saciados e orgulhosos da nossa Companhia Nacional.
Este, devo confessar, achei-o apenas mediano. Tendo esta bela coreografia já sido apresentada pela CNB em 2001, a atenção centra-se na interpretação.
O elenco que dançou no domingo não comportava os nomes maiores e, reconheço, é preciso que os outros, sobretudo jovens, também dancem. Contudo, Solange Melo (Julieta) e Miguel Ramalho (Mercucio) pareceram-me apenas competentes e Maxim Clefos (Romeu) pareceu-me apenas suficiente. O desenho de luz, de Cristina Piedade, também não me entusiasmou.
Para a próxima será melhor porque a CNB é uma instituição cultural que nos honra, de que nos podemos orgulhar e que devemos apoiar sempre, mas especialmente em momentos como este em que todos lutamos contra tantas dificuldades.
Nota: imagem retirada do programa editado pela CNB
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