E, no entanto, se o homem pudesse achar um estado em que se sentisse útil e em que tivesse o sentimento de que cumpria um dever, embora inactivo, nesse estado viria a encontrar uma das condições da sua felicidade primitiva. Esta condição de ociosidade imposta e não censurável é aquela em que vive toda uma classe social, a dos militares. Em tal ociosidade está e estará o principal atractivo do serviço militar.”
Leão Tolstoi, “Guerra e Paz”
Publicações Europa-América
Sem ofensa para os militares que no sábado passado saíram à
rua, e sem ofensa também para os que o são por gosto, e mesmo sabendo que
quando a Merkel cá vier temos sempre que a proteger por terra, mar e ar, não
consigo evitar a pergunta:
Por que temos de continuar a ter, já depois de todos os
cortes, umas Forças Armadas de 18.308
almas, em que se incluem 67
oficiais-generais no Exército, 20 na Marinha e 19 na Força Aérea?
Vão-me dizer que é para defender a soberania?Ou será que vêm aí os espanhóis?
Para inglês ver, querida Maria!
ResponderEliminarDe mal a pior!
bji
Mas o "inglês" nem sabe que a gente existe, Nina...
EliminarNeste momento entende-se..mais que a Merkel é mesmo proteger governantes eleitos democraticamente. Uma impossibilidade técnica à uns tempos atrás...está mesmo a mudar a Europa.
ResponderEliminarTem razão, cs, mas, mesmo assim, tantos? E tantos generais? Eu gosto muto do que escreveu Tolstoi.
ResponderEliminarUma das razões pela qual a Alemanha está no atual desafogo económico, foi a quase ausência de gastos com o exército durante seis décadas por imposição do tratado imposto pelos vencedores, pós 2ª guerra.
ResponderEliminarEsteve na confortável situação a que se refere Tolstoi, de não ter, nem ter de se questionar se devia ter!
Somem-se os gastos militares de Portugal nesse período e avalie-se quanto seria a nossa atual folga financeira. O que nos teria acontecido neste entretanto? Deixado as colónias um pouco mais cedo, com menos custos económicos, sociais e morais e provavelmente nada mais!
Sim, Jarra, muito provavelmente, nada mais. E teria sido bom.
Eliminar