O advogado
Nuno Godinho de Matos dá uma entrevista ao Observador toda ela muito solta, muito leve, muito de homem simples da rua, sobre o BES e
a sua participação no respetivo conselho de administração não executivo.
Afirmações
mais relevantes sobre o órgão e a sua presença nele:
“Um pró-forma”, “um verbo de encher”,
“um detalhe, um acessório de toilete de senhora” onde “entrou sempre mudo e saiu calado”, até porque, quando foi
convidado advertiu logo que “Sabia tanto
de bancos como de calceteiro, embora goste de calçadas”.
Como saber
ou não saber da “poda” é coisa que não interessa nada, recebia por cada presença
no tal conselho “líquidos, cerca de
2.400 euros por reunião ou seja, entre 10 a 12 mil euros por ano.”
Mas, em 2013
o “trabalho” deve ter aumentado muito porque, segundo um relatório da CMVM, em
2013 Nuno Godinho de Matos auferiu 42
mil euros brutos pelas reuniões onde entrou “mudo e saiu calado”.
A qualidade
do pensamento deste homem não desmerece do discurso − simples, escorreito e
directo ao cerne das questões.
Assim,
afirma-se como um “socialista pró-Costa,
mas que defende que um governo ideal estaria nas mãos de sociais-democratas
como Vítor Gaspar”.
É apoiante
de Cavaco, vice-presidente da Ordem dos Advogados e, até há pouco, era também o
braço direito de Proença de Carvalho.
Sabemos que
gente fina é outra coisa mas lá que tudo isto tem o cheiro fétido do urinol
público, lá isso também tem.
Como “acessório
de toilete de senhora”, imagino que seria um penso higiénico. Nem sei porquê,
mas imagino.
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