"Nos tribunais,
pelo menos neste, os factos não são fatos, as actas não são uma forma do verbo
atar, os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso e a Língua
Portuguesa permanece inalterada até ordem em contrário".
Isto escreveu
o juiz Rui Teixeira, ao recusar-se aceitar um relatório escrito segundo o
Acordo Ortográfico 1990. Os funcionários do Ministério da Justiça, obrigados
por lei ao uso da nova ortografia, tiveram de reescrever o documento,
infringindo a lei, sob pena de coima por parte do juiz.
Se é certo
que os tribunais não estão ainda obrigados a cumprir o AO, devia ser igualmente
certo que a magistratura estivesse proibida de acolher criaturas que se
comportam como os palermas semianalfabetos que enxameiam as redes sociais a
escrever coisas semelhantes.
Já aqui o
disse: não gosto do acordo, não o uso quando não sou obrigada e ainda tenho
esperança que se autodestrua.
Porém, dos
três exemplos dados pelo juiz, apena acta
sofre, de facto, alteração. Até os cágados já deviam saber isso.
Talvez
alguns dos opositores do AO achem graça a que um alto magistrado assim proseie.
Eu acho que o juiz Rui Teixeira faz mal à causa.
E continuo a
não gostar de juízes desinformados, prepotentes e, ainda por cima, armados em engraçadinhos.Manias minhas!
A serem manias, não são só suas :-)
ResponderEliminarSei que somos muitos, Carlos, mas parece que não estamos a ser suficientes :(
EliminarTambém é verdade.
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