Olhou-o
aflita:
- Olhe, a coisa
de que eu mais gosto no mundo… eu sinto aqui dentro, assim se abrindo…Quase,
quase posso dizer o que é mas não posso…
- Tente
explicar, disse ele de sobrancelhas franzidas.- É como uma coisa que vai ser…É como…
- É como?...inclinou-se ele, exigindo sério.
- É como uma vontade de respirar muito, mas também o medo…Não sei…Não sei, quase dói. É tudo…É tudo.
Clarice Lispector, “Perto do Coração Selvagem”
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