Hoje é o Dia Internacional da Mulher.
Escolho três
mulheres, influenciada pela leitura dos jornais de ontem.
A primeira é
Sharon Stone, a mais famosa trocadora de pernas do globo, que aí vem para ser
madrinha dum barco português do Douro.
Acho bem. Uma
mulher tem que ganhar a vida de qualquer maneira, mas ela que não se venha
queixar se descobrir que havia um milhão de portugueses com vontade de serem
amadrinhados por ela.
Depois vem a
abnegada Maria Cavaco Silva; imagino-a todas as noites na cozinha do palácio a
fazer tisanas e biscoitos para o seu homem que, coitado, naquela idade ainda
trabalha dez a doze horas por dia para o nosso verificável bem-estar. Vida
sacrificada, a desta Maria, que apenas confirma que por trás dum pequeno homem
há sempre uma pequena mulher.
Finalmente,
a grande Joana Vasconcelos que vai encher outro palácio, o da Ajuda, com as
suas tralhas, em parceria com o empresário Álvaro Covões e a empresa deste, a Everything Is New. Anuncia-se que no
quarto da rainha estará uma enorme Vespa, loiça de Bordalo e bordados do Pico.
Em picos
fico eu só de imaginar a ousadia da rapariga. E será que no quarto do rei vai
haver um Bordalo daqueles que a gente sabe? Se houver deve ser grande, que a
Joana gosta de tudo em grande.
Pessoalmente
gosto de, a 8 de Março, lembrar os milhões de mulheres que, pelo mundo fora,
vivem em condições deploráveis, sem direitos, e abaixo de todos os limiares de
que nos possamos lembrar.
Dedicar um
dia à Mulher continua a ter sentido, sim, mas por elas.
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