Começámos a “vê-la” dias antes nos telejornais, com os
repórteres na rua, e na segunda-feira, na internet, podia até ver-se a cidade
ao minuto.
Tanta foi a atenção dispensada ao assunto que quase parecia
que nós mesmos teríamos que ir fechar portas e entaipar janelas, por ser a
nossa casa e a nossa cidade que estavam no olho do furacão.
Metaforicamente, não se andava longe.
Congregação de grandezas e misérias humanas, plataforma de
todas as raças e credos, cidade dos sonhos, do vidro e do aço, da arte e da
música, da inovação e do luxo − tanto quanto da degradação e miséria, Nova
Iorque é património e símbolo maior de toda a civilização ocidental a que
pertencemos.
No nosso imaginário, e para sempre, a literatura, mas
sobretudo o cinema, ajudaram a fixar-lhe as curvas e os ângulos, a violência e
a poesia, os recantos e os grandes espaços.
Nova Iorque está colada à pele duma civilização e duma
cultura.
Por isso é casa, sim, e é também nossa.
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