Fé, temos todos – até um ateu como eu tem fé; se esta se
caracteriza, precisamente, pela impossibilidade de provar a existência de
alguma coisa (neste caso, Deus), também eu não posso provar que ele não existe.
Logo, ser ateu é uma questão de fé.
Nunca me lembraria de fazer um boneco do Papa com um preservativo
no nariz, o que, sendo um acto de livre expressão, não deixa de conter a sua
boa dose de provocação inútil, nesta minha perspectiva.
Porém, Europeia que sou, vivo essas questões com normalidade.
Daí que olhe com profunda estranheza a orgia incendiária que
vai no mundo árabe por causa dum filme que, supostamente, insulta o profeta
Maomé.
Dias a fio, e saltando de país para país, aquela turba
movida por uma sanha assassina incomoda-me, por mais que respeite outras
culturas e civilizações.
Ontem, dei comigo a pensar: e não terão mais nada que fazer?
Respondi-me de imediato: se calhar não têm mesmo.
No mundo árabe tudo é possível!
ResponderEliminarEm tempos, o meu pai teve um grande amigo árabe. Uma noite foi jantar ao nosso restaurante e pediu que lhe aconselhassem um bom prato. Sem qualquer maldade, o meu pai mandou-lhes servir carne de porco à alentejana, por ser um prato muito apreciado. Nunca mais lhe falou!
beijinhos e um excelente dia!