Com curadoria de Paulo Pires do Vale, a exposição está
dividida em cinco núcleos, sendo cada um deles introduzido por um pequeno texto
que, aqui confesso, não sei quem escreveu – se o curador, se Gonçalo M.
Tavares. De qualquer forma, gostei tanto deles como da exposição e, por isso,
os vou reproduzir aqui, um por dia, demonstrando assim que a silly season pode ter pérolas dentro.
“Com o infinito nas
mãos
Abrir um livro é correr o risco de encontrar o infinito. Ter ao alcance das mãos, nos
limites da página, o sem-limites. E de que outro modo poderíamos nós encontrar
o infinito senão no finito?
Mensurável, palpável, visível. Nesse espaço aberto e branco
da página, nas suas dobras, pode surgir o
sem princípio, nem fim, nem centro: o Livro infinito. Liberdade que é também desorientação: perdem-se as certezas e as referências habituais; os
caminhos e sentidos bifurcam-se; a noite
cerca-nos. Uma espécie de cegueira: o
livro abre uma obscuridade essencial. A dos novos começos.”Imagem do catálogo: Raymond Queneau (1903-1976), Cent mille milliards de poèmes, 1961
É curiosa a capacidade que a leitura nos dá de nos abstrairmos, até do que mais nos inquieta.
ResponderEliminarum grande beijinhos e boas leituras
Fiquei com curiosidade. Esta semana vou tentar ver! Obrigada pela dica. :)
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