Lembro-me bem de o Público, em 1994, a acompanhar do célebre
texto de Vicente Jorge Silva, “Geração rasca”. Foi uma manifestação de
estudantes, salvo erro contra as propinas, e indignou o país pouco habituado a
gestos “destemperados”. Como alguém escreveu logo de seguida, era, porém, uma “geração
à rasca”.
Teriam na altura 18 ou 20 anos e, passados outros 18 anos,
continuam à rasca, mas não estão sozinhos – é todo um país que está à rasca, mas
que continua bem comportado, bom aluno das doutrinas alemãs, expectante sobre o
que dirá a troika, temente dos “destemperos”.
Pois hoje eu aproprio-me da foto, e dedico-a exactamente à
troika, à sua avaliação e às suas ordens.
Desprezo com desprezo se paga.
Junto-me a esse receio!:(
ResponderEliminarbeijinhos, querida Maria
Ainda andei a fugir à polícia nas ruas de Évora, por altura dessas manifestações. Tinha 18 ou 19 anos, precisamente, e lutava contra a as propinas e a reforma do ensino que ninguém consegui perceber - nem os professores.
ResponderEliminarEstamos efectivamente a precisar de ressuscitar o espírito da "geração rasca"...
Que sejam gerações, e que lhe chamem o que quiserem!
Rute