quinta-feira, junho 28, 2012

Todos contra todos


António Mega Ferreira foi contratado pele Câmara Municipal de Lisboa para fazer um trabalho sobre os museus da cidade.

Segundo Catarina Vaz Pinto, vereadora com o pelouro da cultura, pede-se “um programa criativo, uma estratégia”, elaborada por “alguém que esteja habituado a pensar a cultura e a cidade”.

Como seria de esperar, esta decisão camarária levantou polémica; como é óbvio também, arranjou-se trabalho para um amigo que tinha caído no desemprego.

Contudo, num tempo normal, ninguém teria dado por nada ou até se acharia positivo, porque o trabalho encomendado é necessário e Mega Ferreira é capaz de o fazer bem.

Num tempo desesperadamente anormal como o que estamos a viver, com todas as sensibilidades à flor da pele, tudo parece resumir-se ao favor ao amigo, e gastar com a cultura passa a ser um “desperdício” – mensagem subliminar que o governo se tem encarregado de transmitir.

E assim vamos ficando, todos contra todos.
Casa onde não há pão…

2 comentários:

  1. A sua obra fala por ele...
    É alguém que é competente!
    Compadrio político foi a sua saída forçada do CCB por parte deste Governo!

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  2. Embora pareça a nomeação do amigo talvez neste caso se revele acertada. Ele sabe o que faz e conhece como poucos a cultura não só do lado patrimonial mas do lado gerador de dinheiro, que diga-se em abono da verdade, é um prisma essencial nos dias que correm. Além disso os Museus de Lisboa estavam à muito necessitados de um boost.

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