Quando em 1986 aderimos à então chamada CEE, pela primeira
vez achei que não seria má ideia fazer aquele “seguro”, coisa mais do tipo
mutualista em que os subscritores eram solidários entre si. Pensei também que,
por via dessa solidariedade, talvez nos fossemos aproximando dum melhor padrão
de vida que existia lá nos outros países subscritores.
Como toda a gente faz, não li as letras pequeninas da
apólice.
Esta, afinal, não cobria riscos sísmicos (financeiros) nem
inundações (mesmo que todos metessem água), o mutualismo só estava previsto na
bonança, e caso o padrão de vida resvalasse para o tipo africano ficava
implícito que cada um devia tratar de si.
Concluo, portanto, que a minha desconfiança em relação às
seguradoras continua a ter razão de existir, e que é imperioso ler as letras
pequeninas.
Muito gostaria de acabar com este seguro que, para além de
não me “segurar”, nem sequer me deixa vender as pratas e o ouro dos
antepassados para pagar as dívidas.
Como é que faço? Basta rasgar a apólice?
basta não pagares o prémio na data convencionada!
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